[PT]
Título: Bioética no Século XXI
Ano: (2018)
Editora: CreateSpace
Org: Steven S. Gouveia (Uni.Minho) e Ana Figueiredo Sol (Uni. Coimbra)
Páginas: 464.
Prefácio: Peter Singer (Princeton / Melbourne University)
Introdução: Steven S. Gouveia & Ana Figueiredo Sol
Parte I: Direito e Bioética
1. Eutanásia: Aspectos Jurídicos-Penais à Luz do Sistema Jurídico-Penal Português - Fernando Conde Monteiro (Direito, Uni. Minho)
2. A Regulação da Procriação Medicamente Assistida em Portugal - Mariana Schafhauser Boçon (Direito, Uni. Minho)
3. Bioética: Reflexões sobre Pesquisas com Seres Humanos à Luz da Perspectiva Brasileira - Márcia Cassimiro, Carlos Silva & Hully Falcão (Filosofia, Uni. Católica Portuguesa; Médico Cirurgião, Instituto Fernandes Figueira e Antropologia, Universidade Federal Fluminense)
4. Enquadramento Jurídico Luso-Brasileiro das Diretivas Antecipadas de Vontade - Sephora Marchesini (Direito, Uni. Coimbra)
Parte II: Problemas Tradicionais da Bioética
5. Os Princípios Bioéticos como Reguladores do Consentimento Informado - Diana Coutinho (Direito, Uni. Minho)
6. A “Erradicação” da Deficiência através do Aborto Selectivo: Eugenia Ilegítima? - Maria Beatriz Miranda (Filosofia, Uni. Coimbra)
7. Paradoxos do Princípio de Autonomia - Luísa Portocarrero Silva (Filosofia, Uni. Coimbra)
8. Notas para uma Reflexão sobre o Valor da Vida Fetal: do Enquadramento Internacional ao Contributo da Visão Habermasiana - Ana Figueiredo Sol (Filosofia, Uni. Coimbra)
Parte III: Bioética nos Contextos Profissionais
9. O Médico na Procriação Medicamente Assistida: um Papel Meramente Técnico ou Profissional? - Rita Serejo & Miguel Ricou (Medicina, Uni. Porto)
10. O Enfermeiro como Garante da Equidade na Afetação de Recursos e no Acesso aos Cuidados de Saúde - Maria Lúcia Rocha (Enfermagem, Uni. Católica Portuguesa)
11. Ética na Transmissão de Más Notícias - João Lemos (Filosofia, Uni. Porto)
12. Digital Storytelling in Healthcare and Breaking Bad News - Michael Meimaris & Maria Saridaki (National &
Kapodistrian University of Athens)
Parte IV: Bioética e Genética
13. Biometria e Privacidade: Desafios Bioéticos na Cooperação Policial e Judicial na União Europeia - Sara Matos (Sociologia, Uni. Minho)
14. Retratos Biogenéticos no Combate à Criminalidade: Desafios Éticos e Sociais - Filipa Queirós (Sociologia, Uni. Minho)
15. O “Suspeito Genético”: Desafios Bioéticos na Partilha Transnacional de Informação Genética Forense - Helena Machado, Marta Martins & Filipe Santos (Sociologia, Uni. Minho)
Parte V: A Morte na Bioética
16. A Eutanásia: um Olhar Bioético - Maria Teresa Mendonça (Medicina, Uni. Coimbra)
17. Considerações Bioéticas Sobre o Nascer e o Morrer no Século XXI - Ana Paula França (Enfermagem, Uni. Porto)
18. Problemas Conceptuais e Morais na Prática Médica Actual: Sobre a Distinção entre “Matar” e “Deixar Morrer” - Steven S. Gouveia (Filosofia, Uni. Minho)
Parte VI: Bioética e Tecnologias do Futuro
19. Alongar o Olhar, Medir o Passo, Desenhar Limites – em Torno da Reflexão Ética sobre os “Desafios Éticos das Novas Tecnologias” - Lucília Nunes (Enfermargem, Instituto Politécnico Setúbal)
20. Transumanismo: Desafios e Perspectivas para a Filosofia Contemporânea - Leonardo Nunes Camargo (Filosofia, Pontifícia Uni. Católica do Paraná)
21. Roboética: Contexto Ético e Jurídico em que se Desenvolve a Programação Ética dos “Robôs Autónomos” - Ana Elisabete Ferreira (Direito, Uni. Coimbra)
Descrição: Apesar de ser uma disciplina relevante em muitas formações académicas e curriculares, a Bioética é uma área recente do saber e que tenta pausar as incríveis descobertas técnicas das ciências médicas e biológicas. Neste sentido, o objetivo desta área não é tanto imaginar e refletir sobre possíveis problemas do futuro que ainda não existem, mas, pelo contrário, pensar sobre tecnologias e a sua aplicação no mundo atual e quotidiano. Por isso mesmo, a Bioética vive este impasse metodológico terrível: parece estar sempre um passo atrás do próprio mundo que deseja pensar. Assim, é crucial que a Bioética se torne mais ativa e presente nos processos de decisão, nas etapas iniciais dos desenvolvimentos técnicos, e não apenas no final quando o seu uso já está em vigor. Não se pede, contudo, que qualquer investigador pense as consequências bioéticas do seu trabalho: essa não é, de facto, a sua função. Como todas as restantes disciplinas, refletir sobre questões de Bioética deverá exigir uma formação específica e particular sobre os assuntos com os quais a disciplina lida. E este ponto é deveras relevante: a Bioética é uma disciplina que pertence à disciplina mais geral da Ética, que pertence por sua vez à disciplina da Filosofia. É importante realçar este ponto porque os problemas bioéticos são tipicamente problemas não-empíricos: isto é, problemas que não podem ser resolvidos através dos métodos científicos convencionais, mas que exigem algo mais. Seria ótimo se pudéssemos produzir uma experiência científica para provar a (i)moralidade do aborto ou a (i)moralidade da eutanásia. Infelizmente, a natureza destes e outros problemas é bastante mais complexa do que uma simples abordagem empírica. O que sobra do empreendimento humano se não pudermos fazer uso de abordagens empíricas? O que sobra é a matéria-prima da investigação filosófica: razões. E o trabalho de um bioeticista deve ser o de, em primeiro lugar, compreender as razões. Note-se que, neste sentido, a ciência será apenas um auxílio metodológico da reflexão não-empírica, pelo que não poderá, por definição, resolver os problemas bioéticos por si (em Introdução).
Comprar:
Título: Bioética no Século XXI
Ano: (2018)
Editora: CreateSpace
Org: Steven S. Gouveia (Uni.Minho) e Ana Figueiredo Sol (Uni. Coimbra)
Páginas: 464.
Prefácio: Peter Singer (Princeton / Melbourne University)
Introdução: Steven S. Gouveia & Ana Figueiredo Sol
Parte I: Direito e Bioética
1. Eutanásia: Aspectos Jurídicos-Penais à Luz do Sistema Jurídico-Penal Português - Fernando Conde Monteiro (Direito, Uni. Minho)
2. A Regulação da Procriação Medicamente Assistida em Portugal - Mariana Schafhauser Boçon (Direito, Uni. Minho)
3. Bioética: Reflexões sobre Pesquisas com Seres Humanos à Luz da Perspectiva Brasileira - Márcia Cassimiro, Carlos Silva & Hully Falcão (Filosofia, Uni. Católica Portuguesa; Médico Cirurgião, Instituto Fernandes Figueira e Antropologia, Universidade Federal Fluminense)
4. Enquadramento Jurídico Luso-Brasileiro das Diretivas Antecipadas de Vontade - Sephora Marchesini (Direito, Uni. Coimbra)
Parte II: Problemas Tradicionais da Bioética
5. Os Princípios Bioéticos como Reguladores do Consentimento Informado - Diana Coutinho (Direito, Uni. Minho)
6. A “Erradicação” da Deficiência através do Aborto Selectivo: Eugenia Ilegítima? - Maria Beatriz Miranda (Filosofia, Uni. Coimbra)
7. Paradoxos do Princípio de Autonomia - Luísa Portocarrero Silva (Filosofia, Uni. Coimbra)
8. Notas para uma Reflexão sobre o Valor da Vida Fetal: do Enquadramento Internacional ao Contributo da Visão Habermasiana - Ana Figueiredo Sol (Filosofia, Uni. Coimbra)
Parte III: Bioética nos Contextos Profissionais
9. O Médico na Procriação Medicamente Assistida: um Papel Meramente Técnico ou Profissional? - Rita Serejo & Miguel Ricou (Medicina, Uni. Porto)
10. O Enfermeiro como Garante da Equidade na Afetação de Recursos e no Acesso aos Cuidados de Saúde - Maria Lúcia Rocha (Enfermagem, Uni. Católica Portuguesa)
11. Ética na Transmissão de Más Notícias - João Lemos (Filosofia, Uni. Porto)
12. Digital Storytelling in Healthcare and Breaking Bad News - Michael Meimaris & Maria Saridaki (National &
Kapodistrian University of Athens)
Parte IV: Bioética e Genética
13. Biometria e Privacidade: Desafios Bioéticos na Cooperação Policial e Judicial na União Europeia - Sara Matos (Sociologia, Uni. Minho)
14. Retratos Biogenéticos no Combate à Criminalidade: Desafios Éticos e Sociais - Filipa Queirós (Sociologia, Uni. Minho)
15. O “Suspeito Genético”: Desafios Bioéticos na Partilha Transnacional de Informação Genética Forense - Helena Machado, Marta Martins & Filipe Santos (Sociologia, Uni. Minho)
Parte V: A Morte na Bioética
16. A Eutanásia: um Olhar Bioético - Maria Teresa Mendonça (Medicina, Uni. Coimbra)
17. Considerações Bioéticas Sobre o Nascer e o Morrer no Século XXI - Ana Paula França (Enfermagem, Uni. Porto)
18. Problemas Conceptuais e Morais na Prática Médica Actual: Sobre a Distinção entre “Matar” e “Deixar Morrer” - Steven S. Gouveia (Filosofia, Uni. Minho)
Parte VI: Bioética e Tecnologias do Futuro
19. Alongar o Olhar, Medir o Passo, Desenhar Limites – em Torno da Reflexão Ética sobre os “Desafios Éticos das Novas Tecnologias” - Lucília Nunes (Enfermargem, Instituto Politécnico Setúbal)
20. Transumanismo: Desafios e Perspectivas para a Filosofia Contemporânea - Leonardo Nunes Camargo (Filosofia, Pontifícia Uni. Católica do Paraná)
21. Roboética: Contexto Ético e Jurídico em que se Desenvolve a Programação Ética dos “Robôs Autónomos” - Ana Elisabete Ferreira (Direito, Uni. Coimbra)
Descrição: Apesar de ser uma disciplina relevante em muitas formações académicas e curriculares, a Bioética é uma área recente do saber e que tenta pausar as incríveis descobertas técnicas das ciências médicas e biológicas. Neste sentido, o objetivo desta área não é tanto imaginar e refletir sobre possíveis problemas do futuro que ainda não existem, mas, pelo contrário, pensar sobre tecnologias e a sua aplicação no mundo atual e quotidiano. Por isso mesmo, a Bioética vive este impasse metodológico terrível: parece estar sempre um passo atrás do próprio mundo que deseja pensar. Assim, é crucial que a Bioética se torne mais ativa e presente nos processos de decisão, nas etapas iniciais dos desenvolvimentos técnicos, e não apenas no final quando o seu uso já está em vigor. Não se pede, contudo, que qualquer investigador pense as consequências bioéticas do seu trabalho: essa não é, de facto, a sua função. Como todas as restantes disciplinas, refletir sobre questões de Bioética deverá exigir uma formação específica e particular sobre os assuntos com os quais a disciplina lida. E este ponto é deveras relevante: a Bioética é uma disciplina que pertence à disciplina mais geral da Ética, que pertence por sua vez à disciplina da Filosofia. É importante realçar este ponto porque os problemas bioéticos são tipicamente problemas não-empíricos: isto é, problemas que não podem ser resolvidos através dos métodos científicos convencionais, mas que exigem algo mais. Seria ótimo se pudéssemos produzir uma experiência científica para provar a (i)moralidade do aborto ou a (i)moralidade da eutanásia. Infelizmente, a natureza destes e outros problemas é bastante mais complexa do que uma simples abordagem empírica. O que sobra do empreendimento humano se não pudermos fazer uso de abordagens empíricas? O que sobra é a matéria-prima da investigação filosófica: razões. E o trabalho de um bioeticista deve ser o de, em primeiro lugar, compreender as razões. Note-se que, neste sentido, a ciência será apenas um auxílio metodológico da reflexão não-empírica, pelo que não poderá, por definição, resolver os problemas bioéticos por si (em Introdução).
Comprar: